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Clubes 'comemoram' dissolução da seleção permanente de ginástica


Repleto de expectativas para os Jogos de Pequim, o universo brasileiro da ginástica artística já está se preparando para um novo cenário pós-olimpíada. Logo após a competição, a seleção permanente será desintegrada, uma vez que a atual diretoria da Confederação Brasileira de Ginástica, presidida por Vicélia, será substituída em eleição no início de 2009. Cada uma das nove atletas que hoje compõem o grupo migrará para um novo clube, e as agremiações vêem aspectos bastante positivos na novidade.

A proximidade do fim do grupo permanente promoveu uma verdadeira corrida entre os clubes em busca de contratações e renovações. O Pinheiros, que contava com Adan Santos e Luiz Augusto dos Anjos da seleção masculina, investiu pesado e trouxe para o seu elenco ninguém menos do que Daiane dos Santos e Laís Souza (que ainda não assinou, mas já está apalavrada com o time). O Flamengo, de Daniele Hypólito, Diego Hypólito e Victor Rosa, teve muito trabalho, mas conseguiu segurar Jade Barbosa. O Grêmio Náutico União, de Mosiah Rodrigues, terá de volta Juliana Santos.

Os clubes são unânimes em dizer que sua visibilidade será maior a partir de setembro. Para aqueles que já cediam suas atletas à seleção, será uma maneira de, efetivamente, lucrar com elas, já que os salários sempre foram pagos mesmo com as meninas em Curitiba.

"O clube forma e, quando elas estão prontas, a seleção leva. A gente acaba tendo pouco retorno", explica Patrícia Amorim, vice-presidente de esportes olímpicos do Flamengo. "Além disso, fica um legado para o clube e para o esporte. Com elas lá em Curitiba, os treinadores dos clubes acabam não aprendendo nada. Seria interessante trabalhar em parceria, havendo um intercâmbio com a CBG. Assim, nós estaríamos habilitados para descobrir novos talentos. Do jeito que está, fica caro para o clube".

Adriana Alves, técnica do Grêmio Náutico e membro do comitê técnico de ginástica artística da CBG, atenta para outro fator. "Os atletas em casa, nos clubes, servem como espelhos para os grupos em formação. A presença deles aumenta o número de alunos e a condição técnica do clube", diz a treinadora. "O Pinheiros está buscando uma visibilidade maior, por isso está contratando atletas renomados", informa a assessoria de imprensa do clube paulista.

Apesar da empolgação, as agremiações sabem que terão de sofrer uma readaptação para receber atletas de alto nível. "A seleção tem um estrutura de primeiro mundo. Nos clubes nós não temos essas condições", admite Adriana Alves, que também prevê dificuldades iniciais para as atletas. "Hoje nós temos uma seleção com os melhores equipamentos, um espaço grande para treinamento, escola para as meninas, assistência médica. Retornando aos clubes, elas vão ver que cada um tem suas peculiaridades. Elas vão ter que dividir o espaço com as escolinhas e os grupos em formação. Isso vai dificultar pra elas, que estão acostumadas com mordomias lá em Curitiba".

Para bancar as novas despesas, que incluem alto investimento em infra-estrutura e pagamento de salário, os clubes já pensam em como angariar uma renda extra. É o caso do Flamengo. "O clube tem o patrocínio geral da Petrobras e da Nike. Queremos aliar outras receitas buscando novos recursos. O departamento de esportes olímpicos tem um orçamento anual. Agora, as prioridades são a ginástica e o basquete. Então, vamos rearranjar as finanças, e as outras modalidades vão receber menos. É uma disposição orçamentária. O ideal seria que houvesse um patrocínio individual para cada modalidade".

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